Com o isolamento social, continuamos nos adaptando à forma de trabalho. E para além do #homeoffice uma nova tendência surge: o ME Office. Nós somos o nosso próprio espaço de trabalho. E o nosso trabalho acontece onde nós somos. Estabelecer e modular nossa presença digital se faz fundamental, com o advento do ‘phydigital’; a intersecção do mundo físico e digital acelerado pela pandemia ocasionada pelo COVID-19.
Apesar das restrições com relação aos cuidados pessoais e possível dependência de outros profissionais para nos cuidarmos, está ao nosso alcance:
1) Procurar um local tranquilo para as nossas agendas, evitando interrupções e com bom Wi-Fi.
Tanto quanto as roupas que escolhemos, o ambiente, também, influencia em nosso comportamento e produtividade. Isso alinhavado com a nossa rotina e momento mental e espiritual, ressalto, novamente. Mas é assim mesmo que acontece. Somos influenciados e movidos pelos nossos 5 sentidos e o nosso cérebro faz essa leitura imediata. Antes mesmo de eu pensar o que digitar aqui, ele já processou uma série de coordenadas. O pensamento antecede o ato. Por isso, podemos dizer que pensar é a faculdade mais visionária de um ser humano. Um local tranquilo e arejado contribui para nos manter focados, atentos para a atividade que tivermos que realizar e isso torna mais prazeroso qualquer trabalho. O Wi-Fi, também, interfere. Se a sua conexão não é boa, uma dica é, nos momentos de reunião, acionar o 4G do seu plano para acessar a internet usando o celular como roteador.
2) Primar pela ergonomia, escolhendo uma mesa e cadeira em que o corpo esteja em um ângulo de 90 graus.
Nos 2 últimos meses, confesso que trabalhei no meu tablet que possui teclado, mas sempre sentada no sofá. Essa postura, literalmente, me acometeu com uma dor na lombar do lado esquerdo. Então, sentar-se de forma ereta em uma cadeira com os braços apoiados faz toda a diferença. Se você puder apoiar os pés de maneira que eles não fiquem balançando, melhor ainda!
3) Usar planos de fundo no Zoom, StreamYard ou YouTube, criando um ambiente agradável ao olhar.
Como tudo o que é agradável ao olhar, criar planos de fundo para eventos on-line pode ser uma boa sugestão “decorativa”. Opte por planos discretos para manter a atenção dos [ tel ] espectadores. Algumas empresas já criaram, inclusive, planos com a própria logomarca, a fim de trazer as pessoas para uma realidade corporativa virtual.
4) Deixar a luz natural iluminar o rosto ou usar um iluminador tipo“ring light” com a câmera estável.
Como ponto de contato principal, o rosto ganha mais evidência do que o normal quando estamos em reuniões e conferências. Por isso, usar o ring light ou se situar de frente para uma janela que permita iluminá-lo por completo, além de abertura, comunica disposição, interesse, transparência e envolvimento.
5) Usar roupas confortáveis de têxteis que deixem a pele respirar.
Como passamos grande parte do tempo; de 6 a 8 horas em trabalho remoto [ que deve ser distribuído de acordo com uma rotina traçada, de acordo com as necessidades e realidade de cada um ], roupas confortáveis são aliadas : malha, jersey, algodão, são alguns amigos da rotina de trabalho. Ótimos para manter a temperatura corporal equilibrada e conversam com uma rotina multitarefas na real.
6) Usar blusas de cor lisa para vídeos
Mais do que dar preferência às cores da sua paleta de coloração pessoal associa-las à mensagem que você deseja comunicar pode ser uma boa. As cores são vida! Por isso, é bom conhecer o seu significado. A partir daí, sabemos o que usar de acordo com os interlocutores; sejam eles, família, clientes ou chefe. Além disso, as cores lisas mantêm a atenção focada no rosto.
7) Usar maquiagem simples simples e suave [ protetor solar, rímel incolor e batom ]
Um tapinha no visual faz toda a diferença para nós e para os outros. Cuidar das unhas, mantendo-as sempre lixadas e hidratadas é valioso para a gente se sentir bem, também. Hidratante de cutículas, tirar os excessos de pelos nas sobrancelhas sem definir o desenho, para não interferir na expressão de uma maneira invasiva, usar máscara para hidratar os cabelos e leavin. São coisas simples de se fazer em casa que podem se transformar em momentos habituais de pausa.
8) Cuidar as horas de sono
Cada um tem um ritmo nesse sentido, mas ao menos 7 a 8 horas de sono são remédio natural para revigorar o organismo e permitir que estejamos bem para nós mesmos e para quem precisar de nós.
9) Seguir os cuidados com o uso da máscara.
Ao colocá-la, ela deve cobrir a região logo abaixo dos olhos até a curvatura do rosto, abaixo do queixo, completamente. Não se deve colocar as mãos sobre ela ou sobre o rosto. Ao retirá-la sempre lavar após o uso. Por isso, é bom ter mais de uma para revezar o uso, se for o caso.
10) Comportar-se como em uma reunião presencial, olhar para as pessoas e evitar olhar para o celular.
Estamos em uma crise de saúde e a educação é quesito que continua na pauta. Por isso, as mesmas atitudes de escuta, olhar no olho, aguardar o outro completar a fala para interagir continuam valendo em qualquer ambiente físico, virtual ou agora “PhyDigital” ou “figital”, na tradução livre. Em seu livro “Can you hear me? How to connect with people in a virtual world”, o autor Nick Morgan sugere o uso de ‘emojis’, para criar gestos simples em reuniões virtuais, dando a palavra a quem levanta a mão e deseja se manifestar, por exemplo, evitando várias falas ao mesmo tempo. Trata-se, mais do que nunca de empatia que reflete em bons resultados para todos.
Um feed do qual sou fã e acompanho há algum tempo é o da Harvard Business Review; publicação da Universidade de Harvard. Lá encontrei, alguns nomes que podem te ajudar a gerenciar sua empresa [ e a se gerenciar ] em momentos de crise. Compartilho, alguns com vocês: Ronald Heifetz, Nick Morgan, Roderick Gilkey, Clint Kilts, Amy Jen Su e Gina Trapani.
Porque afinal caem a máscaras, e não separamos quem somos em casa de quem somos no trabalho.
Se já não era assim, que assim seja.
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